Um fim de semana em Cambará do Sul
Uma cidadezinha pacata, dona de uma simplicidade sem igual e,
ao mesmo tempo, de cenários naturais espetaculares. Assim é Cambará do Sul. A
cidade reúne as imensas belezas de seus cânions, podendo agradar tanto os
viajantes mais aventureiros como aqueles que procuram descanso e relaxamento, a
começar pela variedade de pousadas que permitem curtir bons momentos em meio à
natureza.
Cheguei em uma sexta-feira à tarde na cidade e, em uma volta pelo centro, já pude perceber o clima de
interior, a tranquilidade pelas ruas e a simplicidade da população local. As
construções chamam a atenção, muitas casas são bem antigas, feitas em madeira, o
que dá a sensação de voltar no tempo. Algumas delas, estão localizadas ao redor
da praça da Igreja Matriz São José. Toda a região central pode ser conhecida a
pé e você pode programar as suas demais atividades por ali mesmo, pois há
diversas agências de turismo e aventura nos arredores.
É comum encontrar construções antigas em madeira no centro de Cambará do Sul |
Igreja Matriz São José ao fundo |
No dia seguinte, depois de um farto café da manhã, a direção
não podia ser outra: os tão esperados cânions.
No trajeto até o Cânion Itaimbezinho |
No Cânion Itaimbezinho há a possibilidade
de realizar três diferentes trilhas: duas delas percorrendo a parte superior do
cânion, a trilha do Vértice (1,5 km de extensão) e a trilha do
Cotovelo (6 km). E outra na parte inferior, a trilha do Rio do Boi,
um trajeto feito entre os cânions, seguindo o rio. Esta última somente pode ser
feita com acompanhamento de guia. São 8 km passando entre pedras e por dentro do
rio, o que pode levar de 5 a 7 horas de caminhada.
Paredões e vegetação do Cânion Itaimbezinho, a partir da Trilha do Vértice |
O Cânion Itaimbezinho possui paredões que medem 5,8 km de extensão, 720 metros de profundidade e até 600 metros de largura |
Vista da Cascata das Andorinhas com quedas de 300 metros de altura |
Vista de parte da trilha do Rio do Boi e da Cascata Véu da Noiva, com queda de 500 metros de altura |
Na entrada do parque, há um centro de visitantes com
sanitários, bebedouro e funcionários que prestam informações sobre as trilhas e
o parque. Há também um espaço ao ar livre para quem quiser levar um lanche,
almoço ou fazer um piquenique, com mesas e cadeiras à disposição.
O que lhe provoca cada lugar que você visita? Você consegue prestar atenção nos seus sentimentos? |
Neste mesmo dia, após a visita ao cânion, fui conhecer a
Fazenda Cascatas dos Venâncios, em Jaquirana, município vizinho de Cambará. Um
ótimo lugar para curtir a natureza, com paisagens belíssimas. Você já leu o
post sobre esse lugar? Confira o relato dessa experiência nesse link [clique aqui].
No último dia, estava programado conhecer o Cânion
Fortaleza, no entanto, o tempo não privilegiou a visita ao mesmo. Havia muita
cerração e, por vezes, uma fina garoa. Durante o trajeto até o parque,
fui torcendo para que a cerração diminuísse e o sol mostrasse as paisagens, mas,
infelizmente, isso não aconteceu.
Fiz uma das trilhas e, em alguns momentos, apenas pequenas
aberturas entre as nuvens mostravam algumas partes dos paredões que estavam
do outro lado. Ao chegar no topo, a vista era apenas do que estava a alguns
passos a minha frente. Não dava pra ter noção do quão alto eu estava. Em
alguns pontos, o Cânion Fortaleza chega a 900 metros de altura.
Um pouco do que a cerração permitia ver no Cânion Fortaleza |
Em uma das trilhas do Cânion Fortaleza |
Diferentemente do primeiro, o cânion Fortaleza não possui
demarcações e faixas de contenção, o que dá uma sensação maior de insegurança. Associado
ao tempo muito fechado, a melhor opção foi voltar em outra ocasião para fazer
as trilhas de forma segura.
Mesmo sem ter a vista que eu esperava, antes de voltar, sentei e fiquei ali aproveitando aquele momento. Estar em
meio à natureza, sentindo alguns pinguinhos da chuva que, vez ou outra, teimava
em aparecer... O frio que se instalava ali, em pleno verão de
janeiro... Envolvida pelas nuvens brancas que emanavam quietude e serenidade.
Isso é tão admirável em uma viagem, parar e se permitir
sentir, observar as sensações que surgem a cada passo, a cada momento vivido.
Cada lugar pode despertar algo diferente e único em cada um de nós.
Ter essa percepção faz as nossas viagens muito mais completas, especiais,
autênticas. Porque o que sentimos é somente nosso e, claro, pode dizer tanto sobre nós
mesmos.
Álvaro de Campos já havia escrito que a melhor maneira de viajar é sentir |
Cambará do Sul, além das paisagens deslumbrantes, é uma cidade que permite ir muito além daquilo que se vê.
Ótimas dicas Lu, vamos lá em julho, mas ficaremos 1 dia só, tuas dicas são ótimas para decidir o que fazer em tão pouco tempo. Beijão
ResponderExcluirOi Fran, obrigada pelo comentário! Em um dia vocês conseguem conhecer os dois cânions, fazendo as trilhas sobre eles, já que são autoguiadas. Vocês vão amar! Aproveitem! 😍😘
ExcluirRealmente um lugar encantador!
ResponderExcluirÉ lindo demais!! 😍😘
Excluir#partiurs
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