Uma visita ao Musa, o Museu da Amazônia em Manaus [Reserva Florestal Adolpho Ducke]


O Museu da Amazônia foi uma boa surpresa na minha visita a Manaus, por isso quis fazer esse post especial para ele.

O Musa, como é conhecido, abriu suas portas em 2009 e surgiu com a ideia de ser um pedaço da floresta dentro da cidade, aproximando as pessoas da vida natural e possibilitando a convivência entre os seres humanos e a natureza. Nessa aproximação, o museu permite uma maior conscientização do ser humano no que diz respeito à conservação e valorização dos recursos naturais, algo tão importante nos dias de hoje.

Lago das vitórias-régias no Musa

O Musa está localizado dentro da Reserva Florestal Adolpho Ducke, declarada como Reserva Biológica em 1963. Nessa época, Manaus possuía apenas 40 mil habitantes. Com o passar das décadas, a cidade cresceu muito, contando, hoje, com mais de 2 milhões de habitantes. Dessa forma, a expansão da sua área urbana chegou aos limites da reserva e por isso, hoje, ela é conhecida como a maior reserva florestal urbana do mundo. Mas, claro, com a delimitação da reserva, ela se mantém preservada, sem sofrer os prejuízos decorrentes do aumento populacional.

Bom, mas vamos ao que interessa: o que eu descobri de bom lá e por que eu recomendo que você inclua esse passeio em sua visita a Manaus.

Como as Reservas Biológicas são áreas protegidas, com o objetivo de conservar o patrimônio natural, é possível realizar a visitação apenas em uma pequena parte da Reserva Florestal Adolpho Ducke, onde está localizado o Musa. Este ocupa 100 hectares da reserva, que possui uma área total de 10 mil hectares. Seu nome é uma homenagem ao botânico Adolpho Ducke que foi um dos pesquisadores mais ativos no estudo da floresta amazônica durante a maior parte do século XX.

No Musa, o visitante tem a possibilidade de apreciar as belezas naturais que a região oferece por meio de trilhas – há trilhas de até três quilômetros no interior da floresta – e até observar a floresta amazônica de cima. O parque é bem organizado e as atividades funcionam com horários programados para a saída dos grupos, sempre com acompanhamento de guia.

Dando início a uma das trilhas

Em nossa visita, iniciamos indo até a Torre de Observação. Com 42 metros de altura e 242 degraus, a torre foi construída para estudos e pesquisas sobre o ecossistema da floresta amazônica, mas também serve como um espaço para contemplação da natureza.

Na primeira parada da torre, uma plataforma nos deixa na altura das copas das árvores e, no final, você fica acima do nível das árvores. De um lado, você pode ver a cidade de Manaus ao fundo e, do outro, a floresta amazônica habitada apenas por flora e fauna. É lindo ver a imensidão de verde e azul com as diferentes espécies de pássaros voando ao redor.

Da esquerda para a direita: Uma selfie antes de subir na Torre de Observação; vista a partir da torre com a cidade de Manaus ao fundo; e com a família e a vista para a floresta amazônica.

Subindo a Torre de Observação

A subida na torre rende algumas fotos interessantes

Também, existe a possibilidade de você programar para assistir o nascer ou o pôr do sol da torre. Dizem que é incrível observar, à noite, o brilho dos vagalumes na floresta.

A segunda etapa da visita foi a realização de uma trilha, conhecendo árvores e espécies nativas. Observamos uma exposição sobre as técnicas de pesca utilizadas por tribos indígenas, conhecemos laboratórios experimentais (borboletas, insetos, aracnídeos...), aquários com peixes amazônicos e serpentes e um lago com vitórias-régias, além de um Bromeliário e Orquidário. Cada um desses espaços foi pensado para que as pessoas, por meio das experiências vividas e dos conhecimentos que vão obtendo neste local, possam adotar uma postura de valorização e preservação de todo o patrimônio que a natureza nos oferece.

Exposições contam histórias da cultura indígena e mostram instrumentos construídos pelo povo que vive no Alto Rio Negro

Orquidário e Bromeliário Nora Benchimol Minev leva o nome da senhora que auxiliou nos trabalhos de recuperação e ampliação do mesmo

O local dispõe, ainda, de uma lancheria que serve deliciosas tapiocas. Uma ótima pedida para obter energia entre um passeio e outro. Lá, fomos atendidos pela simpática Dona Socorro, que nos contou um pouco sobre a história do Musa e de sua própria história de vida. O povo manauara é encantador e sempre disposto a dividir experiências para agregar em sua viagem.

A maioria das visitações ao museu, conforme a Dona Socorro, é feita pelas escolas da cidade, ou seja, existe a necessidade de uma maior divulgação do local, a fim de atrair um maior número de visitantes. E, gente, vale muito a pena a visita ao Musa, por isso dediquei esse post especialmente para ele.

Considere incluir no seu roteiro a Manaus uma passadinha por aqui. Você não irá se arrepender!


Na entrada do Musa

O Museu da Amazônia fica na Avenida Margarita (antiga Rua Uirapuru), s/nº, bairro Cidade de Deus, zona leste de Manaus. O parque funciona diariamente, exceto nas quartas-feiras, a partir das 9 horas. Nascer e pôr do sol devem ser agendados. Maiores informações podem ser obtidas no site do Musa.

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